Após a reunião mantida ontem, na Quinta Vigia, com o secretário-geral do PSD, Hugo Santos, o presidente do governo regional e líder do PSD Madeira adiantou aos jornalistas que os deputados eleitos pelo partido na Região vão votar a favor do Orçamento de Estado.
Negando que Hugo Soares tivesse vindo à Madeira por causa da crise política originada pela moção de censura apresentada pelo Chega, Miguel Albuquerque divulgou que a reunião teve por objetivo “tratar dos acertos finais do Orçamento”.
Ficou acordada uma transferência adicional para a Região- uma vez que a Madeira tem uma diminuição de quase 28 milhões de euros por causa do fundo de coesão - de cerca de 50 milhões. Serão incorporados nesta verba 15 milhões de euros de impostos que estavam por apurar pela Autoridade Tributária e que não foram entregues à região, divulgou.
Para alem disso, ficou consagrada a assunção por parte do Estado da ligação do cabo submarino entre a Madeira e Porto santo e consignado que acabam as limitações no quadro de financiamento, criadas na vigência da Troika.
A apontar também o acordo relativo à partilha das receitas das cartas de condução entre o Estado e a Região, bem como as regiões poderem concorrer diretamente a projetos do fundo ambiental. Albuquerque adiantou ainda que ficou acordado que as regiões vão poder se socorrer de operações de financiamento em simultâneo com o Estado, com juros mais baixos.
Por fim, ficou consagrado o financiamento e integração do Passe Sub 23 pelo Estado, num valor de 500 mil euros.
Garantias que o braço direito do primeiro-ministro terá dado a Miguel Albuquerque e que asseguram os votos a favor dos deputados do PSD/Madeira.
Por outro lado, Albuquerque negou que a vinda de Hugo Soares fosse por causa da crise política na Madeira, nem que recebeu conselhos do partido a nível nacional. “Eu não preciso de aconselhamento, não nasci ontem, não estou deprimido, nem estou preocupado com a saída com dignidade. Não vou dar poder da Região aos partidos da Região”, vincou.
”A crise política é o Sr. Ventura a fazer aventureirismos, o Chega a servir de bengala para a esquerda e os partidos de esquerda com uma sede de poder desmesurada para darem cabo disto e prejudicarem toda a gente.
A crise política foi desencadeada por uma situação de apetência pelo poder”.
Palavras de Miguel Albuquerque durante a visita a um empreendimento habitacional, no âmbito do PRR, na Quinta Grande, no valor de 5,2 milhões de euros, para a construção de 25 apartamentos.
Acrescenta que os fogos, 10 de tipologia T2, 10 de tipologia T3 e 5 T1 serão entregues na primeira semana de dezembro.