O Prémio Literário João Augusto d’Ornelas, é uma iniciativa da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, que vai já na sua 4.ª edição.
Este prémio visa não só homenagear João Augusto d’Ornelas, um dos escritores mais notáveis da Região no século XIX, natural da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, mas também promover o desenvolvimento literário e a valorização da língua portuguesa, incentivando tanto escritores iniciantes quanto experientes a contribuir para a criação literária em língua portuguesa. Através desta distinção, a autarquia pretende manter viva a memória e a influência do autor na literatura regional, ligando-a às novas gerações de escritores e leitores.
A obra agora publicada reúne as narrativas premiadas na quarta edição do concurso. Em destaque, o conto vencedor *Ilhas*, da escritora Ana Paula Figueiredo Pinto, que será agraciada com um prémio pecuniário no valor de 2000 euros. A coletânea inclui ainda duas obras que receberam menção honrosa: *O Lagar Encantado*, de Rui Gomes, que explora os mistérios e encantos da tradição local, e *O Horário das Treze – A Camioneta para a Ponta do Pargo*, de Nicolau Gouveia, um conto que retrata uma jornada pela ilha, oferecendo uma visão singular da vida e dos costumes madeirenses.
O Prémio Literário João Augusto d’Ornelas tem como objetivo central incentivar o gosto pela leitura e pela escrita, assim como perpetuar a memória e a obra do seu patrono, reforçando o valor e a beleza da língua portuguesa.
Este prémio distingue-se também por estabelecer como requisito que cada conto apresente, direta ou indiretamente, uma referência às vinhas e/ou ao vinho Madeira — elementos culturais profundamente enraizados na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos. Tal característica proporciona uma ligação entre as histórias e a identidade local, promovendo a cultura vinícola como parte da herança regional.
A cerimónia de lançamento do livro, contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Leonel Silva, dos autores distinguidos nesta edição, dos membros do júri que avaliaram as obras, e de uma turma de alunos dos Cursos EFA da Escola Básica da Torre. A cerimónia é aberta ao público.