Os vereadores da coligação Confiança consideram que o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2023 confirma os alertas que têm vindo a transmitir, “nomeadamente sobre o aumento do endividamento e a colossal cobrança de impostos aos funchalenses”.
“Segundo o anuário, o passivo do Município do Funchal retoma a tendência de crescimento em anos de gestão PSD, com uma subida para 57,4 Milhões de Euros, e um volume de receitas a atingir o seu máximo histórico com uma cobrança a ultrapassar os 126 milhões de Euros. Acresce-se ainda que o Funchal é o sétimo município do país a cobrar mais Taxas, Multas e Outras Penalidades, com um volume de receita superior a 11 milhões de euros e o terceiro município do país com maior volume de receitas com vendas de bens e serviços, totalizando 25,5 milhões de euros, onde se incluem as cobranças aos consumidores de água do Funchal”, realçam em comunicado.
Esta análise, promovida com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados e do Tribunal de Contas, comprova, na perspetiva dos vereadores da oposição na Câmara do Funchal, “a inversão das políticas de redução do endividamento municipal implementadas pela Confiança e ainda a cobrança de mais impostos aos funchalenses”.
Perante a leitura do anuário, o vereador Miguel Silva Gouveia considera que a “gestão do PSD está à altura do seu legado histórico, retomando o caminho do endividamento, que chegou a ultrapassar os 110 milhões de euros, e batendo recordes de cobrança de impostos sobre os funchalenses”.
A Confiança reitera no mesmo comunicado a ideia de que “a presidente já foi apanhada a mentir por mais de uma ocasião”.
“A Confiança lembra a promessa de baixar a taxa de IMI quando esta já se encontrava na taxa mínima; a posição contra a criação de uma taxa turística e da polícia municipal, mas depois implementando-as; o anúncio de que teria chegado a acordo para pagar a alegada dívida de 27 M€ à ARM, acabando por não pagar um cêntimo e ainda assim aumentar o preço da água aos funchalenses; a fraude do estacionamento na praça do município; ou mesmo os valores anunciados da alegada dívida à ARM que já cresceram 22 M€ desde o início seu mandato, ao que se somam mais de 3 milhões em dívida de taxa de recursos hídricos”, concretizam os vereadores.
Miguel Silva Gouveia conclui dizendo que “faltam apenas nove meses para o final do mandato e a actual presidente insiste em disfarçar a sua fraca liderança e mascarar a sua incompetência com as habituais mentiras com que vem intoxicando a opinião pública. Enquanto por cá andarmos nunca ficará sem resposta”.