Numa ação realizada hoje, junto à empresa Horários do Funchal, o PCP defendeu, junto de trabalhadores, “o direito à reforma ao fim de 40 anos de trabalho independentemente da idade”, de acordo com uma proposta apresentada em sede de discussão do Orçamento do Estado para 2025.
“A valorização do trabalho e dos trabalhadores pressupõe a valorização dos salários como instrumento de uma mais justa distribuição da riqueza produzida, mas também a defesa e consolidação do Sistema Público de Segurança Social, nas suas múltiplas dimensões, não dispensa, antes impõe a devida valorização das longas carreiras contributivas”, defende o dirigente comunista Ricardo Lume, num comunica que resume a iniciativa.
O dirigente do PCP entende que “não é justo, nem socialmente aceitável que, depois de 40 anos de trabalho, alguém seja obrigado a trabalhar para sobreviver até chegar à idade legal de reforma, num quadro marcado por elevado nível de desgaste físico e emocional, sujeito a intensos ritmos de trabalho e quando cumpriu 40 anos de descontos para a segurança social”.
Ricardo Lume conclui afirmando que “o PCP para pôr fim a esta injustiça apresentou em sede de discussão do Orçamento de Estado para 2025 uma proposta que visa garantir o direito do trabalhador com 40 anos ou mais de descontos poder optar pelo direito à reforma sem quaisquer penalizações ou reduções, independentemente da idade, a quem tenha no mínimo 40 anos de carreira contributiva. Com esta proposta o PCP valoriza os direitos de proteção social devidos aos trabalhadores, como o incentivo que ela representa para as novas gerações de trabalhadores e os trabalhadores em geral, a inscreverem-se na segurança social e terem acesso a uma pensão de reforma digna”.