O PCP realizou uma ação de contacto com a população no Funchal no âmbito da campanha que visa “aumentar salários e pensões para uma vida melhor”, para defender um novo modelo de complemento regional para idosos.
Junto ao Mercado dos Lavradores, o dirigente do PCP, Ricardo Lume, referiu que “na Madeira, devido às pensões de reforma em média serem das mais baixas do País, mas também devido ao elevado custo de vida e aos custos de insularidade fazem com que seja na Região onde os reformados pensionistas e idosos tenham menos poder de compra.”
O dirigente do PCP explicou que “na Região, segundo os dados estatísticos divulgados em 2023, existiam mais de 42 mil reformados com pensão de velhice que em média recebiam 524€ por mês, menos 11,6 % que a média nacional , e existiam cerca 18 mil residentes na Região que em média auferiram uma pensão de sobrevivência de 266€ por mês, ou seja, um valor 12,5% inferior à média nacional.”
“É mais do que evidente que reformas com estes valores são insuficientes para que uma pessoa possa viver com dignidade, se não tiver outra fonte de rendimento”, acrescentou.
Ricardo Lume concluiu dizendo que “a par da necessidade do aumento geral das pensões de reforma em todo o País urge encontrar soluções que diminuam estas desigualdades, fazendo-se justiça social.” “A Região Autónoma da Madeira tem a capacidade financeira e o dever de cumprir e fazer cumprir essa mesma justiça social, pelo que se propõe a criação de um novo modelo de Complemento de Pensão que abranja todos aqueles que recebem pensões e reformas com valores inferiores ao valor do Salário Mínimo praticado nesta Região e que aufiram um rendimento anual inferior a 12.600€, para estas situações deverá existir um complemento regional de reforma até ao valor de 200€ mensais, com a finalidade de equiparar as reformas mais baixas à Remuneração Mínima Garantida na Região Autónoma da Madeira e para combater custos de insularidade”, rematou.