Fátima Gouveia foi alvo de despejo aos 67 anos de uma vida difícil, já marcada à nascença, por uma condição que ditou viver com mobilidade reduzida. De olhar triste marcado pelas angústias e incertezas dos últimos tempos, sorriso tímido e com momentos em que teve de calar a voz para controlar as lágrimas, Fátima contou ao JM que está, há quase dois meses, pensão em pensão, na sequência de uma ação de despejo por parte do proprietário de um apartamento no Bairro da Nazaré onde vivia.
“Tenho 67 anos e nunca pensei um dia passar por isto... Ainda não estou em mim”, confessou, admitindo que este está a ser o pior Natal de que tem memória. A filha não pode recebê-la devido à mobilidade reduzida da progenitora. “São 140 degraus até à casa dela. Eu não consigo”, esclareceu.
O dia de Natal será passado na casa da irmã, mas a noite será dormida na pensão. “A minha sobrinha vai me trazer”, disse, esclarecendo que também a irmã não tem condições para lhe dar teto, para além de ser a cuidadora da sua mãe, de 98 anos.
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