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Rebelião M23 apoderou-se de cidade-chave do leste da República Democrática do Congo

Data de publicação
04 Janeiro 2025
23:05

A rebelião M23, um grupo armado apoiado pelo Ruanda, tomou o controlo de Masisi, uma cidade-chave no leste da República Democrática do Congo (RDC), informou a agência France-Presse, com base em várias fontes.

“É com consternação que tomamos conhecimento da tomada do centro de Masisi pelo M23”, afirmou Alexis Bahunga, deputado da província de Kivu do Norte, onde se localiza a cidade de Masisi.

A mesma fonte revelou ter sido solicitado ao governo “medidas para restabelecer a autoridade do Estado em todo o território”, numa referência à zona que vive “uma grave crise humanitária”.

Masisi localiza-se a cerca de 80 quilómetros a norte de Goma, a capital da província de Kivu do Norte, numa estrada que segue até ao interior do país.

Um residente de Masisi, Dieudonné Mirimo Mahibdule, afirmou que os rebeldes tinham tomado a cidade por volta das 14h00 locais (12h00 de Lisboa). “Fizeram uma reunião aqui na paróquia e disseram-nos que tinham vindo libertar o país”, acrescentou.

O centro da cidade está “calmo por enquanto”, mas os civis fugiram para os hospitais para escapar aos tiros disparados no início do dia, adiantou fonte hospitalar, sob condição de anonimato.

“Alguns civis ficaram feridos, mas até agora não foram registadas mortes no hospital”, garantiu.

Desde novembro de 2021, a rebelião do M23 (“Movimento 23 de março”) apoderou-se de vastas extensões de território no leste da RDC, rico em recursos e que tem sido dilacerado por conflitos há 30 anos.

No final de dezembro, a rebelião continuava a ganhar terreno na parte norte do Kivu do Norte, atingindo uma distância de cerca de 50 quilómetros de Lubero, a capital do território, e de cerca de 100 quilómetros da cidade de Butembo, um importante cruzamento comercial da região.

No mês passado estava previsto um encontro entre o Presidente congolês, Félix Tshisekedi, e o Presidente ruandês, Paul Kagame, numa cimeira organizada em Luanda pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, mediador nomeado pela União Africana (UA) para o conflito entre Kigali e Kinshasa.

Estava prevista a apresentação de um acordo “para o restabelecimento da paz e da estabilidade no Leste da RDC”, mas as duas partes não conseguiram chegar a acordo sobre os termos, o que levou ao cancelamento da cimeira.

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