Antes de mais, uma saudação especial à Rubina Leal, uma escolha acertada do PSD-M para o Parlamento Europeu (PE). É uma mulher preparada, uma política experiente e uma autonomista convicta. Sabe ao que vai e porque vai. Tem experiência autárquica, parlamentar e executiva e por onde tem passado, o seu trabalho tem sido reconhecido.
Também não posso deixar de notar e enaltecer que, para substituir a anterior representante social-democrata no Parlamento Europeu, a Cláudia Aguiar – que fez um excelente trabalho e vai deixar saudade! -, o PSD-M tenha voltado a optar por uma mulher. Ao contrário do que fez o PS-M, que proclama aos 4 ventos a igualdade, mas que optou por substituir uma jovem eurodeputada por um candidato homem, não se percebendo bem as razões para a alteração.
O PSD-M mantém esta aposta no género feminino, mostrando que a igualdade constrói-se com ações e não com proclamações.
Obviamente que, por lealdade partidária, mas especialmente por consideração pessoal e reconhecimento das suas capacidades, apoio candidatura da AD, onde está integrada a Rubina Leal. No que depender de mim, esta será a lista vencedora, na nossa terra. Até porque também não há outros candidatos madeirenses, integrados em listas nacionais, a quem se reconheça algum talento especial para desempenhar a função de eurodeputado.
É importante que a AD seja a força política mais votada, porque temos uma excelente representante, mas também porque o cabeça-de-lista, Sebastião Bugalho, tem-se revelado um político extremamente bem preparado, politicamente evoluído, com excelente formação cultural, domínio sobre os diversos dossiês mais importantes, e boas ideias para a necessária reforma da União Europeia (UE). Não vou perder uma linha a falar da sua juventude e a verdade é que para quem tinha dúvidas, Bugalho já mostrou ter competência, inteligência e capacidade para ser um excelente eurodeputado. Com ele, com a Rubina Leal e com os demais candidatos da AD, com certeza Portugal contribuirá positivamente para a construção e aprofundamento da União.
Neste momento ímpar na história da UE, um bom grupo de eurodeputados portugueses eleitos pela AD é tão mais importante, até para impedir “derivas preocupantes” no seio do próprio Partido Popular Europeu (PPE). Os desafios são muitos - como a defesa dos valores europeus, as alterações climáticas, as migrações, o crescimento económico, a coesão social, o alargamento e a defesa e segurança -, razão pela qual, para os próximos anos, necessitaremos de ter mesmo os mais bem preparados no PE.
Dito isto, não posso deixar de lamentar o lugar que foi dado à Madeira e à Rubina Leal na lista da AD às eleições europeias. Esta Região, o PSD-M e a candidata mereciam maior consideração! Mais, Portugal poderá ficar sem representantes das Regiões Autónomas, que são os territórios que dão a dimensão atlântica ao país e representam a ultraperiferia nacional.
Como é evidente, não é fácil fazer listas e há muitas variáveis a ter em consideração. Todavia, deveria ter havido sensibilidade para o facto de as idiossincrasias arquipelágicas serem substancialmente diferentes das continentais. Até porque é a própria UE que o faz, ao reconhecer que a distância e o afastamento, a insularidade, a pequena dimensão, a topografia difícil e o clima, bom como a pequena escala do mercado e economias assentes no sector primário, podem constituir-se como constrangimentos ao desenvolvimento das Regiões Ultraperiféricas, como a Madeira e os Açores.
Ora, se a UE faz discriminação positiva, não se percebe como é que partidos autonomistas, como o PSD, não o fazem. E isto acontece pela primeira vez, o que não é uma boa novidade!
É um facto a lamentar e que deverá merecer a nossa reflexão.
Ainda assim, não tenho dúvidas de que esta é a melhor candidatura para o país e para a Madeira. E que os deputados que por ela forem eleitos terão a sensibilidade e a preocupação de manter uma relação estreita e permanente com os órgãos próprios da Região, para connosco trabalharem nos dossiês que nos digam respeito. E por isso é que conta com o meu apoio!