Quase tão viral como a gripe em janeiro, um “reel” realizado e editado pela Jéssica Santos sobre uma manicure colorida saltou de telefone em telefone, computador a computador, até chegar à televisão nacional, num domingo, em horário nobre, e a Judite, por arrasto, também ficou famosa.
Mas, permitam-se com vos apresente a Judite é uma profissional de estética de topo, com gabinete localizado na Lombada da Ponta do Sol, comprovando, novamente, que a qualidade não está centralizada na capital. A Judite é uma artista nata quer nas artes visuais como performativas. Mas, além de tudo e se o supra não fosse suficiente, é super-mãe de três filhos bem formados, campeões desportivos, pessoas educadas nos valores do bem e filha extremosa, cuidadora dos seus pais e responsável legal pelo seu irmão mais velho, que padece de cuidados especiais. Tem uma amor infinito pelo seu pai, o Sr Piloto, homem de alma doce e rara, de quem certamente herdou a bondade.
É, sim, uma mulher completa, independente, trabalhadora, dedicada e, na verdade, uma pequena da minha idade, que frequentou a escola na mesma altura que eu, mas que só reencontrei décadas depois através dos seus serviços. O melhor disto tudo, a Judite tornou-se uma das minhas melhores amigas, aquela com quem eu desabafo angústias e medos, mas também projetos e brincadeiras, com quem choro e rio. Aquela que desmentiu quem diz que amizades são desconfiáveis e traiçoeiras. Quando me veem subir à Lombada, creiam que não vou, apenas, tratar da minha imagem, mais do que isso, vou esfoliar a alma. Vou ter com a minha amiga, que encontro a cuidar das lagartas que se tornarão borboletas, dos pássaros diamante que o filho Gonçalo, que partilha o meu aniversário lhe ofereceu “porque ela estava triste”, a Safira e o Rubi, as caturras, os gatos, os cães.
Tive o privilégio de acompanhar o crescimento dos seus rebentos, de participar do casamento do mais velho, de partilhar a alegria do olhar emocionado da Jéssica qual princesa a entrar na Igreja, acompanhada das lágrimas dos irmãos no noivo, o Gonçalo e a Fabiana e de constatar a emoção do Simão. Um casal tão novinho tão pleno de amor.
Quando se lembrarem das minhas unhas e com elas da Judite, lembrem-se do exemplo que dá a sociedade e tentem, mesmo que não consigam, imitá-la na vida, só sairão a ganhar.
Judite, Judite, estaremos lá, sempre, para o que der e vier.
À nossa amizade. Gratidão!