O PS Madeira considerou, hoje, em comunicado, “inaceitável e gravíssima a recorrente falta de medicamentos na farmácia do hospital, comprometendo os cuidados de saúde aos doentes, situação que se deve à falta de pagamento aos fornecedores por parte do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM)”.
Uma vez que as falhas no fornecimento de medicamento fazem hoje a manchete do Diário de Notícias da Madeira, Paulo Cafôfo vinca que esta situação “está a tornar-se insustentável e que é apenas uma das faces da evidente má gestão do setor da Saúde por parte deste Governo Regional”.
“Temos vindo a assistir a sucessivas notícias a dar conta da falta de medicamentos e, a cada dia, o SESARAM trata de arranjar uma desculpa diferente, quando, na verdade, o que está em causa são os atrasos nos pagamentos a fornecedores”, critica o presidente do PS-Madeira, salientando que este ano “começa exatamente da mesma forma e com os mesmos problemas que 2024 terminou”. Paulo Cafôfo dá nota que o Governo Regional “ora aponta como justificação as dificuldades no transporte, ora os constrangimentos no aeroporto, ora ruturas no fornecedor ou, ainda, questões relacionadas com procedimentos contabilísticos”. “O problema ou é do malho, ou é do malhadeiro”, evidencia o líder socialista, frisando que “os tratamentos dos doentes não podem ser colocados em causa, ainda para mais pelo facto de o Governo Regional ser ‘caloteiro’”.
O presidente do PS-M condena, ainda, “o facto de o Governo não assegurar os medicamentos que muitos madeirenses necessitam”, mas, por outro lado, “ter dinheiro para garantir os tachos da malta do PSD”. “Como ainda recentemente foi noticiado, desde o início de novembro, altura em que foi apresentada a moção de censura, este Governo já fez cerca de meia centena de nomeações, tudo para salvaguardar os interesses daqueles que se banqueteiam à mesa do regime”, dispara Paulo Cafôfo, acrescentando que “para isso há dinheiro, mas para garantir a saúde dos madeirenses já não há”.
Por fim, adita que, “se os doentes fossem todos do PSD, certamente esta questão não se colocava, pois bastaria uma chamada telefónica do secretário regional da Saúde para que os problemas fossem resolvidos”.