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Lucros da CGD sobem 46,2% para 889 ME até junho

Data de publicação
31 Julho 2024
19:00

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros de 889 milhões de euros no primeiro semestre, uma subida de 46,2% face ao período homólogo, anunciou hoje o banco público.

Nos primeiros seis meses, a margem financeira do banco – a diferença entre os juros pagos nos depósitos e os juros cobrados nos créditos – subiu 8,4%, para 1.426 milhões de euros.

Na apresentação dos resultados, na sede da CGD, em Lisboa, o presidente do banco, Paulo Macedo apontou que este ano deverão ser distribuídos 825 milhões de euros, reembolsando integralmente a recapitalização pública em dinheiro realizado em 2017.

Este valor resulta de um pagamento de um dividendo adicional de 300 milhões de euros aos 525 milhões de euros já pagos.

Na sua intervenção inicial, Paulo Macedo apontou que a CGD irá ainda pagar este ano 1.248 milhões de euros, entre dividendos e Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) em relação a 2023.

“O IRC a entregar ao Estado numa base de caixa será de 840 milhões de euros”, explicou, referindo-se aos exercícios atual e do ano passado, para um total global na ordem dos 1.665 milhões de euros.

O contributo da atividade internacional para os resultados líquidos da CGD representou 99 milhões de euros, uma descida de três milhões de euros em termos homólogos.

Por sua vez, os custos de estrutura recuaram 4%, para 534 milhões de euros, com os custos com pessoal a baixarem 5,7%, para 331,1 milhões de euros.

Os resultados das operações financeiras baixaram de 152 milhões de euros para 88 milhões de euros, numa evolução afetada “pelo efeito extraordinário associado à extinção do Fundo de Pensões, no valor de 80 milhões de euros, em fevereiro de 2023.

Sem este efeito extraordinário, “os resultados de operações financeiras teriam uma variação positiva de 16 milhões de euros”, explica a CGD em comunicado enviado ao mercado.

No primeiro semestre deste ano, o banco público registou uma “reversão de provisões e imparidades” no valor de 40,8 milhões de euros, depois de no ano passado ter constituído provisões no valor de 265,8 milhões de euros.

Na ótica da CGD, esta variação está “sobretudo relacionada com a atividade da Caixa em Portugal, reconhecendo a melhoria do enquadramento macroeconómico acima do esperado”.

As restantes provisões e imparidades baixaram 59,3% em termos homólogos, para 64,9 milhões de euros.

Os resultados operacionais do banco ultrapassaram 1,3 mil milhões de euros no primeiro semestre, uma subida de 37,1% face ao mesmo período do ano passado.

Os depósitos de clientes subiram 3,9% face a dezembro, para 83.622 milhões de euros, sendo 72.987 milhões de euros na atividade doméstica (+3,9% em cadeia).

Na atividade doméstica, os depósitos de particulares representaram 57.366 milhões de euros, uma subida de 3,7% em cadeia, enquanto nas empresas a subida foi de 4,8% (12.546 milhões de euros).

Quanto ao crédito concedido a clientes em Portugal, este avançou 1,8% desde o início do ano, para 46.171 milhões de euros. O crédito a empresas cresceu 3,7% para 20.396 milhões de euros.

Já para particulares, o valor subiu 0,3% para 25.775 milhões de euros, sendo a maioria (24.629 milhões de euros) respeitante ao crédito à habitação.

No final de junho, a CGD contava com 6.247 trabalhadores em 512 agências, mantendo o número de balcões, mas com mais quatro funcionários face ao fim de dezembro.

Quanto aos rácios de solvabilidade, o rácio de ‘Non-Performing Loans’ (crédito malparado) foi 1,66% no final de junho, uma descida face ao homólogo de 2,48%.

Os rácios fully loaded, CET1, Tier 1 e Total, situaram-se em 21,0%, 21,0% e 21,3% respetivamente.

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