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Clube de Ecologia Barbusano percorreu Serra das Funduras

Data de publicação
24 Outubro 2024
9:09

O Clube de Ecologia Barbusano, da Escola Secundária de Francisco Franco, iniciou as suas atividades no passado sábado, dia 19 de outubro, com uma saída de campo à Serra das Funduras – Machico.

“O percurso teve início no miradouro da Portela, local com uma deslumbrante vista sobre o Porto da Cruz e Faial. Daqui, seguimos pelo caminho florestal, numa extensão de 2 km, até o percurso pedonal da serra das Funduras. A clareira aberta por este caminho florestal não eliminou das suas margens a vegetação nativa, pelo que aqui abundam urzes, uveiras, loureiros, folhados e, no estrato herbáceo, os fetos e a hera terrestre. Infelizmente, as clareiras também constituem um excelente território para a proliferação de invasoras, observando-se já alguma densidade de carquejas e eucaliptos”, dá conta a Escola Secundária de Francisco Franco, em comunicado.

A floresta Laurissilva da serra das Funduras cobre uma área de 192 hectares, correspondendo ao maior reduto desta floresta, na vertente sul da ilha. Faz parte da rede europeia de sítios de importância comunitária – a Rede Natura 2000, tendo um papel fulcral como suporte principal de fauna e flora endémica da ilha da Madeira. O percurso pedonal da serra das Funduras é constituído por três troços que se estendem por seis quilómetros. Trata-se de uma área dominada por loureiros, folhados, faias das ilhas, urzes e tis, observando-se também azevinhos e barbusanos. No sub-bosque observamos espécies de menor porte como, hera terrestre, trepadeiras, musgos e fetos. Ao longo do caminho, apercebemo-nos da avifauna local, despertados pela vocalização dos bis-bis e dos tentilhões, que saltitam por entre os ramos das árvores. Com alguma frequência, observam-se fetos arbóreos, espécie invasora originária da Austrália, sobretudo nas áreas de menor exposição solar, em zonas de vale.

“É muito importante garantir o equilíbrio ecológico deste local, pois é suporte de flora e fauna endémicas, assim como assegura a manutenção dos aquíferos que abastecem as nascentes do vale da Ribeira de Machico. Esta vegetação interceta os nevoeiros que por aqui passam, fazendo precipitar a humidade que carregam”, adita o estabelecimento de ensino.

“A paragem para repousar e almoçar ocorreu na casa de apoio florestal, local onde é possível observar algumas espécies botânicas relativamente raras e onde domina a beleza e silêncio da natureza. A reta final do percurso incluiu a descida por uma estrada de terra batida, que serpenteia a Fajã dos Rolos, local dominado por floresta exótica, onde também se observam plantas nativas como loureiros, folhados, vinháticos e urzes. A esta altitude, conseguimos contemplar o grande e lindo vale da cidade de Machico que recebe, a uma velocidade galopante, na sua bacia hidrográfica, uma crescente e desordenada ocupação humana”, remata.

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