Quanto ao FUTURO:
1. Europa
Vive a crise de Valores em que tanto na Europa, como em Portugal, incluíndo a Madeira, a Política de Causas foi substituída pela política dos “interesses”.
Por outro lado, a crise financeira mundial de 2008 reforçou os nacionalismos e os centralismos, em prejuízo do necessário federalismo europeu e da regionalização em curso na Europa.
Estamos perante o “buraco” que é a Segurança Europeia, deixada na mão dos norte-americanos enquanto o decadente parlamentarismo europeu dissipava os Orçamentos dos respectivos Estados a “comprar votos”.
A “classe política” europeia, tal como em Portugal, mediocratizou-se, em comparação com a da segunda metade do século XX.
A estrutura da União Europeia é uma dispendiosa inflação de burocratas. As democracias europeias, parlamentarizadas, estão sob ameaças internas de forças políticas extremistas e controladas por “sociedades secretas”.
Em termos futebolísticos, a União Europeia é uma “bola ao centro”. Não avança para o necessário federalismo, nem recua indesejavelmente para um “mercado comum”.
2. Quanto a Portugal, e Madeira em particular:
O caminho é MANTER, APERFEIÇOAR E CONQUISTAR:
• MAIS Liberdade
• MAIS Desenvolvimento Integral
• MAIS Segurança
• MAIS Produtividade
• MAIS Solidariedade (Estado Social em vez de Estado assistencialista)
3. Para conseguir isto, Portugal urge concretizar uma reforma constitucional, na qual proponho para o caso da Madeira:
a. A Constituição não deve dizer o que a Madeira possui de competências. É o contrário. A Constituição deve dizer os seguintes poderes da República na Madeira, sendo o resto da competência da Região Autónoma:
• Direitos, Liberdades e Garantias
• Política Externa
• Defesa Nacional
• Tribunais e Estabelecimentos Prisionais
• Ensino Superior e Investigação (competências partilhadas)
• Sistema Nacional de Segurança Social (competências partilhadas)
• Os encargos financeiros da responsabilidade do Estado.
b) Eliminação do artigo 6.º da Constituição (Estado “Unitário”).
c) Desaparecimento do Representante da República (sistema espanhol).
d) Sistema político presidencialista e Sistema Eleitoral misto (círculo central e círculos uninominais).
e) Redução do número de Deputados nos três Parlamentos.
f) Estatutos das Regiões Autónomas tendo como normativo superior SÓ a Constituição da República.
g) Definição do domínio público regional.
h) Organização político-administrativa própria do território insular e do Poder Local.
i) Constitucionalização e definição esclarecedora dos Princípios que constam do Estatuto Político-Administrativo da Madeira, aprovado por unanimidade na Assembleia da República.
j) Constitucionalização da existência do Centro Internacional de Negócios da Madeira.
Sem uma revisão constitucional nestes termos, é minha opinião de que não se consideram suficientemente seguros os Direitos do Povo Madeirense e que, à face da Carta das Nações Unidas - a qual também é Direito interno português - a Madeira encontra-se numa situação colonial.
4. Ainda e PARA JÁ:
Há as seguintes questões pendentes com a República, que estão concreta e minuciosamente expressas na “Proposta para Estruturar e Sustentar o Futuro da Região”. É uma resposta da Sociedade Civil, participada na sua maioria por Personalidades independentes e coordenada pelo Instituto Autonomia e Desenvolvimento da Madeira.
No exercício da nossa cidadania, entregámos a proposta na Assembleia Legislativa da Madeira, para possibilitar as diligências seguintes:
a) Nova Lei de Finanças Regionais e consequente definição para a Dívida Pública da Madeira. A qual contraída para um indispensável e inadiável Desenvolvimento Integral do Povo Madeirense, particularmente para o aproveitamento dos Fundos Europeus porque a respectiva quota nacional é da responsabilidade impossível do Orçamento Regional.
Não pode a Dívida ter um tratamento inferior ao do relacionamento do Estado português com as suas ex-colónias.
b) Sistema Fiscal próprio, incluindo aperfeiçoamento da competitividade internacional do Centro Internacional de Negócios da Madeira.
c) Questões referentes aos aeroportos da Madeira e do Porto Santo, propriedades da Região Autónoma.
d) Transportes Marítimos.
e) Telecomunicações
f) Financiamento da Universidade da Madeira e sua participação no que planeado para a Investigação e Desenvolvimento Científico do País.
g) Urgência de uma revisão constitucional, ao menos e conforme já anteriormente proposto (2013), eliminando-se as características coloniais que hoje vigoram e reforçando assim a Unidade Nacional.
É que, sem acordos em matérias constitucionais, económicas e político-culturais, não nos podem ser pedidas, e muito menos exigidas, solidariedades políticas só no sentido das Ilhas para Lisboa.
O QUE AQUI PROPOSTO, SIM, É QUE UMA ESTRATÉGIA PROGRAMADA.