O representante da República para a RAM manifestou publicamente, em nota de imprensa, o seu pesar pelo falecimento do Padre Agostinho Jardim Gonçalves.
Nascido no Funchal há 92 anos, Jardim Gonçalves foi ordenado padre em 1956 e desenvolveu desde logo uma “intensa atividade religiosa e docente, enquanto pároco de Machico, responsável pelos movimentos da Ação Católica, professor do Liceu de Jaime Moniz, professor do Seminário Maior do Funchal e chefe de redação do Jornal da Madeira.
“Depois de sair da Madeira para exercer funções enquanto assistente nacional da Juventude Operária Católica Feminina, no início dos anos 60,o Padre Jardim Gonçalves iniciou uma carreira nacional e internacional de grande relevo, na qual se destaca, já depois de ter fixado residência em Paris, a fundação da OIKOS– Cooperação e Desenvolvimento, e do Centro de Estudos do Desenvolvimento da América Latina, importantes organizações não-governamentais para o desenvolvimento em África e na América do Sul. Foi chefe de Gabinete do Cardeal D. José Policarpo e , durante toda a sua vida, manteve uma profunda ligação à Região Autónoma Madeira, onde regressava frequentemente; foi, até ao fim, diretor do externato Júlio Dinis, e doou a sua extensa e valiosa biblioteca particular, de mais de7000 volumes, à Câmara Municipal de Machico. Padre, professor, jornalista, homem de cultura e humanista, sempre se moveu por um ideal de combate às injustiças sociais e de compaixão pelo próximo, e deixa uma marca indelével em todos os que com ele privaram.”
“À família do Padre Jardim Gonçalves o representante da República apresenta sentidas condolências”, conclui a nota.