Moradores do sítio do Castelejo (Estreito de Câmara de Lobos), acompanhados de dirigentes da CDU, entregaram esta tarde um abaixo-assinado na Quinta Vigia a reivindicar a reposição do transporte público até ao Alto do Castelejo, uma questão que tem sido acompanhada pelo JM.
Cópias do mesmo documento foram também entregues nas instalações da Rodoeste, situadas na Rua do Esmeraldo, no Funchal, e na Câmara Municipal de Câmara de Lobos.
A situação prende-se com o encerramento da Estrada José Avelino Pinto que faz a ligação à Fajã das Galinhas, na sequência dos incêndios de agosto passado.
Segundo Helena Pereira, moradora, a carreira n.º 3 da Rodoeste, que servia a localidade, deixou de fazer a ligação até ao Alto do Castelejo, passando a ter o término no entroncamento entre a Estrada Nova do Castelejo com a Estrada José Ângelo Pestana de Barreto. Uma alteração que faz com que as pessoas “tenham de percorrer longas distâncias ao frio, ao vento, ladeira a cima, ladeira a baixo”.
Esta subscritora do abaixo-assinado diz que “é possível assegurar que o autocarro fizesse o término na paragem com abrigo no Alto do Castelejo, antes da estrada encerrada para a Fajã das Galinhas”.
“Estamos hoje a entregar este abaixo-assinado para demonstrar a revolta da população e para que seja reposto o serviço de transporte público naquela localidade”, sublinha.
Ricardo Lume, dirigente da CDU que acompanhou os moradores, explicou ao JM o envolvimento do partido dizendo que responderam a um pedido de apoio da população e que estão a valorizar “a intervenção cívica dos moradores”.
“O Governo Regional e a Câmara Municipal de Câmara de Lobos, como autoridade de transporte público abandonaram à população do Alto do Castelejo, mas também em outras localidades do concelho temos informações que estão a ser reduzidos e desviados os trajectos das carreiras dos autocarros do transporte público”, disse ao JM e em comunicado enviado à imprensa.
Lume espera que a atitude dos moradores do Castelejo “sirva de exemplo para todos aqueles que se vejam privados dos seus direitos de cidadania”.